terça-feira, 6 de março de 2012

São Luís lidera ranking SUS entre capitais do Nordeste

São Luís recebeu a melhor nota entre as capitais nordestinas e está à frente de Brasília e do Rio de Janeiro no ranking do Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS), divulgado pelo Ministério da Saúde (www.saude.gov.br/idsus). Na 9ª posição do grupo 1, das capitais com melhores condições sociais e de estrutura de saúde, a capital maranhense recebeu nota 5,94, maior que o índice do Brasil, que foi de 5,47. A capital brasileira melhor colocada é Vitória, com nota 7,08, e a pior foi o Rio de Janeiro, com 4,33.

O IDSUS é calculado com base em 14 indicadores de acesso, como proporção de mamografias realizadas, e 10 de efetividade do tratamento – como proporção de cura de novos casos de tuberculose. O resultado que acaba de ser divulgado utilizou dados de 2007 a 2009: nascidos (Sinasc), doenças (Sinan) e óbitos (SIM); de 2008 a 2010: atendimento (SIA e SIH) e de 2010: mamografias e equipes (CNES) e imunização (SI-PNI).

Foto: Divulgação

Secretário Gutemberg Araújo com o ministro Alexandre Padilha: parceria para mais avanços na saúde

Das cinco regiões brasileiras, o Nordeste ocupa a 3ª posição, com nota 5,28. O estado do Maranhão ficou em 18° lugar (5,20), atrás da Bahia, Sergipe, Pernambuco e Piauí, cujas capitais tiveram performance inferior à de São Luís. Dos 217 municípios maranhenses, 121 obtiveram nota abaixo de 5.

Esta é a primeira vez que o Ministério da Saúde avalia o SUS desta forma. Um referencial histórico desse ranking só poderá ser obtido a partir da próxima edição do IDSUS, daqui a três anos.

No caminho certo – O secretário de Saúde de São Luís, Gutemberg Araújo, que assumiu a pasta em maio de 2009, recebeu com tranquilidade os resultados sobre a capital. Para ele, o número comprova o esforço que vem sendo feito na recuperação e reequipamento de unidades e nos investimentos que a Prefeitura vem fazendo em recursos humanos e programas de saúde.

“Esta nota, embora ainda não seja a nota que queremos para a nossa população, nos coloca na frente de outras cidades com maior estrutura, como Brasília, por exemplo. O índice é um estímulo à continuidade do trabalho, sabendo que estamos no caminho certo”, afirmou.

A efetividade de programas de saúde da mulher, de prevenção e tratamento da tuberculose, diabetes e hipertensão, DST/Aids e de combate à dengue, além das campanhas de vacinação, são alguns dos pontos positivos que resultaram no índice atingido por São Luís.

Trabalho contínuo – O IDSUS mede, em uma escala que vai de 0 a 10, o acesso e a qualidade do serviço de saúde oferecido e será divulgado a cada três anos. Para classificar as cidades, o Ministério da Saúde separou-as em seis grupos, do 1 (com melhores condições sociais e de estrutura de saúde) ao 6 (piores condições).

O município ganha pontos se atende pessoas não residentes ou se, mesmo não tendo o serviço, consegue encaminhar seu paciente para outra cidade. “Este critério de pontuação reflete com clareza a situação de São Luís, em que os dois maiores hospitais de urgência e emergência, Socorrões I e II, atendem a uma super demanda de outros municípios do estado, o que representa 60% de sua produção”, explicou Gutemberg.

Investimentos – E se depender de trabalho, a nota de São Luís só deve crescer. Está sendo implementada a Estruturação da Rede de Urgência e Emergência, com recursos federais, que inclui equipar o Serviço de Neurocirurgia dos Socorrões I e II, reestruturar o atendimento 24 horas nas quatro Unidades Mistas e nos dois Socorrinhos (Cohatrac e São Francisco) e a nova sede do Serviço Móvel de Urgência.

Com foco na atenção básica, a Semus aprovou, junto ao Governo Federal, o Plano de Reestruturação da Atenção Básica, que inclui a instalação de cinco Polos de Academia SUS na capital, a reforma de 14 Unidades Básicas de Saúde, reequipamento das unidades básicas, a entrega de duas Unidades Móveis para o Programa Saúde na Escola.

Também estão sendo entregues outras duas Unidades Básicas Móveis para o Programa Saúde da Família (Zona Rural) e serão contratados mais agentes de saúde, além da instalação do Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil – CAPSI, para enfrentar o problema das drogas na infância e adolescência.

JORNAL PEQUENO

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