A prática é comum entre empreiteiras e construtoras, que, responsáveis por metade do lixo produzido na cidade de São Paulo, são obrigadas pela Prefeitura a fazer o descarte em aterros. Entretanto, levando o lixo até usinas de reciclagem, pagam valor 40% mais barato. As construtoras que compram o material reciclado também pagam valor abaixo do mercado.
No caso dos rivais, o material que não teria mais valor ao Palmeiras foi transformado em pedriscos e britas para a pavimentação de ruas e construção da Arena Corinthians. Egídio Buso, fundador da empresa responsável pela reciclagem, explica que, desta forma, WTorre e Odebrecht, construtoras responsáveis pelas arenas Allianz Parque e Corinthians, fazem bem à própria obra e ao meio-ambiente.
- Existe uma cultura do desperdício. A medida que passamos a ter dificuldades, votou-se para a necessidade de evitar que isso aconteça, utilizando o que já temos disponível - explica.
Pierre Ziade completou:
- A gente está deixando de extrair da natureza o minério que vai fazer essa brita e utilizamos o material reciclado.
As obras estão perto do fim. A Arena Corinthians chegou a 90% de conclusão, enquanto o Allianz Parque já ultrapassou a marca de 70%. Mas, nenhum dos clubes sabia, até então, da ‘parceria’, revelada pelo empresário na reportagem.
- A gente recebia entulho do estádio do Palmeiras na demolição e a brita reciclada ia para o estádio do Corinthians. Eles só souberam agora - revelou Ziade.
Fonte Globo Esporte